terça-feira, 15 de março de 2011

As medidas utilizadas na modelagem:

1. Busto - Medida de contorno do corpo na altura dos mamilos.


2. Cintura - Medida de contorno na
altura da cintura. Geralmente, essa
altura fica a 2,0cm acima do umbigo
para as mulheres e no umbigo para
os homens.


Para medir a circunferência do
busto, cuide para que a fita não
deslize nas costas, fique reta na
linha da axila e passe na frente
sobre os mamilos.



3. Quadril - Medida de contorno
na altura onde o quadril é mais saliente. Geralmente, fica 2,0cm
abaixo da cintura.

4. Pescoço - Medida de contorno na base do pescoço.


5. Tórax - Medida de contorno acima do busto e logo abaixo das
axilas. É geralmente bem menor que a medida do busto. A
diferença entre o busto e o tórax vai determinar a profundidade
da pence do busto na base do corpo, quando quisermos trabalhar
sob medida. No nosso caso, de acordo com a tabela de medidas,
essa diferença é sempre 4,0cm, fazendo que a pence permaneça
com a mesma medida em todos os manequins.

6. Braço - Medida de contorno do braço logo abaixo da axila.


7. Punho - Medida utilizada para o traçado da base da manga.
Nesse caso, medimos o contorno da mão em vez do punho (pulso)propriamente dito. A medida é tirada na parte mais larga da mão,
com os dedos esticados e o polegar encostado na palma. Dessa
forma, temos a medida mínima que a boca da manga precisa ter
para vestir sem a necessidade de qualquer abertura.


8. Altura das costas - Medida de altura, no centro das costas, entre
a base do pescoço e a linha da cintura.


9. Largura das costas - Distância entre as cavas nas costas,
tomada numa altura correspondente à metade da altura entre o
ombro e a dobra da axila. A medida deve ser tirada com os braços
cruzados na frente.

10. Distância do busto - Distância entre os mamilos.


11. Altura do busto - Distância entre a linha da cintura e a linha
do busto (mamilo).


12. Comprimento da manga - Distância entre o ombro e o punho,
tomada com o braço dobrado em um ângulo de 90°.


13. Altura do quadril - Distância entre a linha da cintura e a linha
do quadril, tomada pela lateral.


14. Comprimento da saia - Corresponde à altura do joelho. É a
distância entre a linha da cintura e a linha do joelho, tomada pela
lateral.


15. Comprimento da calça - Distância entre a linha da cintura e o
chão, tomada pela lateral com a pessoa descalça.


16. Altura da entreperna - Distância entre a virilha e o chão. A
medida é tomada colocando-se uma régua encostada na virilha,
perpendicular ao chão, medindo-se essa distância.


17. Altura do gancho - É a diferença entre a medida 15
(comprimento da calça) e a medida 16 (altura da entreperna).

Tabela de Medidas

A tabela de medidas é um conjunto de medidas necessárias para a
construção das bases de modelagem. Elas são baseadas em médias
calculadas a partir de medidas tiradas do corpo de prova da Marca.
 Porém, em escala industrial, não existe outra maneira de
trabalhar a não ser padronizando as medidas, criando assim a tabela
de medidas da Marca, que deverá ser seguida pelo modelista.

No Brasil, não existe um padrão de tamanho obrigatório para o
vestuário, ocorrendo diferenças de tamanho entre as confecções.
Assim, as grifes determinam suas próprias tabelas de tamanho, de
acordo com o corpo de prova, que será direcionado ao seu cliente.


O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial (Inmetro) recebeu do Comitê Brasileiro de
Têxteis e Vestuário, da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), a solicitação para edição de uma norma que fixará um
prazo para as confecções brasileiras se adequarem ao Novo
Regulamento Técnico de Etiquetagem de Produtos Têxteis.


A lei antiga já obrigava os confeccionistas a afixarem nas roupas
etiquetas com informações sobre o fabricante (CNPJ), a
composição do tecido e os cuidados para a conservação do
produto. Agora, exige que a etiqueta traga também o tamanho da
roupa – com base em uma medida de referência-padrão


Cada empresa tem sua própria tabela voltada para o público que
quer atingir. Mas, com a regulamentação pelo Inmetro, os fabricantes
que não se enquadrarem poderão ser autuados e multados.



A tabela, a ser utilizada na regulamentação é normatizada pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), foi criada em
maio de 1995 (a NBR 13377 – Medidas Normativas Referenciais
Mínimas para o Vestuário), regulamentando as escalas de
tamanhos das roupas de PP a GG, ou seja, de 34 ao 52.


Porém, foi detectada a necessidade de se ampliar a NBR 13377.
Essa constatação foi realizada pelo Programa de Certificação de
Qualidade dos Produtos da Indústria do Vestuário. O programa é
desenvolvido pela Associação Brasileira do Vestuário (ABRAVEST)

para qualificar e credenciar o setor e atender à Resolução 04/92
(CONMETRO Lei das Etiquetas) e ao Código de Defesa do
Consumidor. Iniciou-se um Censo Antropométrico Brasileiro com
o intuito principal de conhecer o biótipo brasileiro. Sendo assim,
a norma está sendo revisada pela Comissão de Estudos de
Medidas de Tamanho de Artigos Confeccionados (CE 17.700.04),
do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário (ABNT/CB-17), tendo
um enfoque mais ligado aos resultados deste trabalho.

As medidas classificam-se em:

􀁺Fundamentais -
circunferência do busto, da
cintura e dos quadris, etc.


􀁺 Auxiliares - medida do
ombro, largura da frente e altura
do busto, etc.


􀁺Complementares - folgas, comprimento da
frente, das costas, da manga, contorno do braço, do pescoço e altura
total do corpo, etc.

domingo, 13 de março de 2011

Qualidade no Setor de Modelagem

O consumidor atual tornou-se muito exigente com a qualidade. Isso implica no compromisso
do modelista em criar um ambiente de trabalho onde possam ser desenvolvidas
suas atividades com a qualidade esperada por seu cliente. A modelagem é um setor de grande
importância e que influi diretamente nos resultados finais de um produto. Se um modelo for
confirmado com defeito e passar para o setor de corte, comprometerá toda a produção pois o
mesmo depois de cortado não poderá ser corrigido, a responsabilidade do modelista é muito grande.


Um dos melhores estilos de armazenamento para modelagens em papel
é o pendurado por furos e cordões em ganchos ou equivalentes em
paredes exclusivas para moldes, pois isso evita que sejam dobradas,
podendo ser separadas por referências e tamanhos. Cole a ficha técnica
no molde que ficará visível para facilitar a identificação.


A mesma modelagem pode ou não ser usada para outros tipos de tecidos.
Muitas empresas usam o mesmo molde em mais de uma coleção, mudando
os detalhes do modelo, acrescentando aviamentos onde antes não havia
ou tirando-os. Isso pode ser feito desde que seja respeitada a composição,
o caimento, o toque e largura do tecido. Ou seja, jamais colocar em
produção sem fazer uma peça-piloto quando mudar o tecido. Algumas
confecções consideram esses testes como atrasos, desnecessários ou perda
de tempo. O que é um engano: antes perder algumas horas ou um dia de
trabalho testando do que perder uma produção inteira.

sexta-feira, 11 de março de 2011

O desenvolvimento da modelagem no design do vestuário. Um pouco de História da Moda.

As primeiras vestes tinham a necessidade de proteger o corpo, constituíam-se de peles
adquiridas pela atividade da caça. A princípio, simplesmente jogadas sobre o corpo, com pêlos,
mais tarde com a descoberta da técnica de curtimento e das agulhas de osso, surgem às primeiras
manifestações de modelagem, pois segundo Laver ( 1996 ), essas descobertas permitiram que as
peles fossem cortadas e moldadas no corpo, tornando possível costurá-las. Num segundo
momento histórico, quando se inicia a manufatura de tecidos, outro tipo de vestimenta surge, os
retângulos (ou quadrados) de tecidos que eram enrolados em volta da cintura e sobre os ombros,
presos com fíbulas (broche), marca do vestuário das antigas civilizações oriental e clássica.
Nesse contexto, Rigueral ( 2002) afirma, ”que é nesse período, com as civilizações mais
evoluídas, que vai surgindo aos poucos, através da modelagem, a estética da roupa como forma
de expressão visual”.
As roupas adquirem um caráter mais pessoal, com cortes mais ajustados e variações mais
freqüentes a partir do século XIV.
No século XVI, período áureo do renascimento, Fontes (2005), afirma que com o aumento
das fábricas de tecidos houve grande avanço na arte da alfaiataria com relação à modelagem das
roupas. É neste momento que surge o conceito de “moda” e aumentam as exigências por novas
técnicas de modelagem procurando garantir a qualidade do vestuário. O mesmo autor, diz ainda,
que apesar da simplicidade dos instrumentos de trabalho que se resumiam em tesoura, régua e
compasso, os alfaiates tinham que possuir conhecimentos de geometria, aritmética e proporções
do corpo humano, para exercer a arte de modelar as peças do vestuário.


O primeiro livro publicado sobre técnicas de modelagem, foi na Espanha em 1589, intitulado
“ Livro de Geometria y Traça” de Juan de Acelga. ( FONTES,2005)
Na busca de conhecimento mais exato das medidas básicas do corpo humano, os alfaiates
lançaram as bases da antropométrica. Segundo Fontes(2005), foi Guglielmo Compaing quem
estabeleceu as primeiras Tabelas de Medidas e o principio do Escalado. A sua obra “A arte da
Alfaiataria”, 1830, revolucionou as técnicas de modelagem em toda a Europa.
Dois grandes inventos, contribuíram para o desenvolvimento da modelagem, a fita métrica (
1847) e o busto manequim ( 1849), ambos por Alex Lavigne.

olucionou com sua forma de trabalho personalizado e se impôs com uma profissão antes
relegada ao anonimato. Worth trabalhava com a técnica do “moulage” ( modelagem na forma
animada/corpo humano ou não ), valorizando as formas e a estética do corpo.
Já no século XX, mas precisamente no período do imediato pós-guerra, nos Estados
Unidos, surge um novo conceito de produção do vestuário, o read to wear ( pronto para vestir )
para posteriormente a alta costura francesa codificar e internacionalizar como prêt-à-porter.
Na década de 1940, começou a haver necessidade de medidas antropométricas cada vez mais
detalhadas e confiáveis, provocada pela necessidade de produção em massa e com o crescente
volume do comércio internacional. William Sheldon (1940), fez um minucioso estudo com 4.000
estudantes norte-americanos e definiu três tipos básicos: endomorfo ( formas arredondadas, com
características de uma pêra), mesomorfo ( tipo musculoso de formas angulosas) e ectomorfo
(corpo e membros longos e finos). Observou também influências, comportamentais, de sexo,
idade e etnia. ( LIDA,[19- ]). Diferentes biótipos estão entre os tipos de problemas enfrentados
pela indústria de confecção, principalmente as que produzem roupas para exportação, pois não
basta alterar as dimensões, mas as proporções das peças, dependendo do mercado a que se
destina. Surgiu então, a necessidade de uma padronização nas tabelas de medidas para atender as
necessidades do profissional de modelagem.

Em 1968, na Suécia, aconteceu a primeira abordagem oficial da ISO (International
Standardization Organization) sobre o assunto da graduação dos tamanhos e o resultado
demonstrou que as padronizações deveriam ser feitas por País, devido à grande diversidade
antropométrica encontrada. No Brasil, o trabalho do Comitê Brasileiro de Têxteis da Associação
Brasileira de Normas Técnicas nesta área teve inicio em 1981, no entanto, esta padronização
tornou-se norma NBR 13377- Medidas do corpo humano para o vestuário- Padrões referenciais,
aprovada em maio de 1995, após várias reuniões, na Associação Brasileira da Indústria do
Vestuário, ABRAVEST.
Outra necessidade surge na concepção do vestuário, a introdução das propriedades
ergonômicas. A modelagem deve oferecer conforto fisiológico. De acordo com Grave(2004,
) “ dentro da visão ergonômica, a modelagem deve atender particularidades que
desempenham melhorias à qualidade de vida do indivíduo, junto à aplicações gerais. Respeitando
diferenças entre verticalidade, horizontalidade, tridimensionalidade (corpo) e fibras.” E diz mais,
“o corpo, com os planos cruzados pela horizontalidade da bacia pélvica (ou cintura pélvica) e
verticalidade (sacro), forma um ponto antigravitacional e equilibra-se sobre os dois pés,
sustentando toda uma ação”.
Como podemos observar, a modelagem se utiliza da tabela de medidas, da antropometria, da
ergonomia e da matemática, com o auxilio dos conhecimentos da geometria e cálculos para o
desempenho nos traçados dos moldes.

TIPOS DE MODELAGEM

Modelagem Plana (Bidimensional)
É uma técnica utilizada para reproduzir, em segunda dimensão, algo
que será usado sobre o corpo humano, em tecido ou similar, de forma
tridimensional. Essa modelagem, manual ou computadorizada, pode
ser utilizada para confeccionar uma peça de roupa apenas ou para
produção em grande escala, como acontece na confecção industrial
de pequeno, médio ou grande portes.

Moulage (Tridimensional)
É a manipulação do tecido de forma tridimensional. Trabalha-se
com o tecido sobre os manequins, que têm suas medidas
padronizadas. Na moulage, podem ser feitos os ajustes direto nas
curvas do corpo, resultando em um caimento perfeito.

As interpretações de modelagem são baseadas em três etapas
de construção de moldes: moldes básicos,
moldes de trabalho e moldes para corte ou interpretados.

Os moldes básicos servem como base para o início das alterações
a serem feitas de acordo com o desenho da peça. Eles são
confeccionados seguindo a tabela de medidas-base da empresa.
No processo industrial de confecção, o uso de moldes básicos
facilita o processo produtivo do setor de modelagem, uma vez
que este possui as medidas específicas da tabela do público da
empresa. Estando pronto uma única vez, não necessita de
repetição do traçado inicial ( construir base ). A praticidade do uso de moldes
básicos gera lucros e economia de tempo e de processo para a
confecção das partes do molde interpretado .



 É importante fornecer
ao modelista freelancer a sua tabela de medidas padrão ou suas caixas
de modelagem ( bases ).

Os  moldes de trabalho são utilizados
para fazer as alterações necessárias, de acordo com o modelo,
servindo como uma espécie de rascunho para a definição do
molde interpretado. Os moldes de trabalho são feitos a partir da
cópia dos moldes básicos, e as etapas de alterações a serem
realizadas sobre eles variam em quantidade e tipos de aplicação
de técnicas específicas, de acordo com o modelo desejado.


Molde para corte ou interpretado
São os moldes utilizados para riscar e cortar a peça sobre o tecido,
contendo todas as alterações realizadas no processo anterior, as
margens para costura e as marcações necessárias para a
montagem da peça.


O que define um bom molde básico é a exatidão das medidas,
pois elas caracterizam um molde perfeito e economizam tempo
para a produção.



É importante ressaltar que existe metodologia específica para
coletar as medidas do corpo humano. A ABNT desenvolveu a
NBR 15.127 – Corpo humano – definição de medidas, publicada
em 2004. Essa norma teve como base a ISO 7.250 e estabelece
um procedimento para medir partes do corpo humano, ou seja,
mostra como se deve tomar a medida da altura do ombro e das
pernas, dos perímetros do pescoço, da coxa e de outras áreas.
No total, são 54 medidas do corpo humano. Procure conhecêlas
e ainda pesquise as medidas de seu público-alvo, faça uma
análise ponderada e construa a tabela de medidas do seu
consumidor. Você verá que isso influenciará diretamente as
vendas de sua empresa.




MATERIAIS DO MODELISTA

A mesa de modelagem, a fita métrica, a régua de 50cm , a tesoura, o esquadro , o lápis, o papel   e o manequim são peças essenciais do
equipamento de um modelista. A mesa  deve ser
plana, ter 1m de altura, ser retangular (com no mínimo 1,20cm
de largura) e seu comprimento deve ter no mínimo 2m para que se possa
modelar modelos longos.

O MODELISTA

Chama-se de modelista o profissional que transforma um modelo
(partindo de um desenho, de uma foto ou, muitas vezes, de outra
peça de vestuário) em um objeto concreto, utilizando-se das
técnicas pré-adquiridas da modelagem para confecção.
Esse profissional trabalha em conjunto com o estilista e é capaz
de interpretar o croqui (esboço de um desenho). O modelista deve
saber tirar medidas de acordo com as técnicas recomendadas
pela metodologia específica, elaborar ficha técnica, conhecer
aviamentos e ainda conhecer sempre a composição, o caimento
e as demais características do tecido. Ele é responsável por analisar
a pilotagem e fazer as alterações finais no molde para então
produzir em série.

Um dos aspectos principais, ao se realizar uma interpretação de
modelagem, é a análise detalhada do desenho, observando
recortes, pences, comprimentos, folgas e amplitude da

modelagem. Enfim, cabe ao modelista analisar o desenho levando
em consideração cada detalhe que este apresentar, para então
definir a aplicação de cada técnica específica na construção do
molde. Todo esse processo visa obter um produto que seja fiel à idéia inicial, imaginada pelo criador.

MOULAGE

 Moulage define-se como uma técnica de criação de formas e moldes para
construção de vestuário a partir do revestimento do corpo com tecido. Ou seja, trata-se da técnica de
modelagem onde a construção dos moldes de uma roupa é feita directamente sobre o corpo humano ou busto
de costura.
Esta técnica permite a percepção real das formas estruturais do corpo no momento da modelagem. A
visualização imediata da roupa no espaço permite a interacção dinâmica entre o criador e o tecido, jogando
com o seu comportamento, caimento e volume, durante toda a fase de criação. Nesta técnica é o protótipo
modelado sobre o corpo que dá origem ao molde de papel para posterior utilização na produção em série.
A moulage tem várias vantagens em seu uso. A primeira, de ordem criativa, é que pode ser considerada
como uma técnica escultórica, onde o artista modela o tecido sobre o corpo, definindo a forma 3D através do
diálogo entre seu imaginário, o comportamento do tecido e o corpo. A moulage apresenta-se como uma
técnica que favorece a inovação na moda como podemos observar nos trabalhos de Madeleine Vionnet e
Madame Grés, que foram mestres na geração de novas formas vestíveis, domínio de moldes e criação de
novos volumes e formas de se construir roupas.
A segunda grande vantagem é de ordem técnica. Uma vez que o molde pode ser extraído do contato direto
do tecido (material maleável) sobre o corpo, existe uma maior precisão na modelagem, conferindo também
maior qualidade ao produto.


quinta-feira, 10 de março de 2011

Tipos de Moldes

Moldes simétricos:
São aqueles que podem ser usados independentemente em ambos os lados,
direito ou esquerdo, do ser humano.
Ex. o molde da calça pode usado tanto do lado direito como do lado esquerdo, desde espelhado.


Moldes assimétricos:
São aqueles cujo lado não são exatamente iguais, o lado esquerdo não serve
para vestir o lado direito ou vice-versa.
Ex.: Camisa com a frente que tem vistas diferentes.

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

A Ficha Técnica tem por objetivo definir tecnicamente o modelo,ou seja, o
produto, para os departamentos de engenharia de produção, custo, pcp e para as linhas
de produção. Nela deve conter todas as informações pertinentes a todo o processo de
produção (desenho técnico, informações sobre matéria-prima e o modo de produção)
para que os diferentes setores (modelagem,gradação,encaixe,corte e produção) possam
cumprir com exatidão as etapas da produção. É um documento de extrema importância
que deve ser lido por todos os setores da empresa, pois consiste num dossiê da peça.
Por isso, é necessário que todas as partes componentes da ficha sejam
perfeitas pois qualquer erro que houver pode acarretar inúmeros problemas, tais como:
 Referências trocadas;
 Quantidade maior ou menor de matéria-prima e aviamentos;
 Falha na determinação dos custos,etc.
Cada empresa desenvolve a ficha técnica de acordo com suas necessidades e realidade.
Os critérios são estabelecidos de acordo com o tipo de produto e a organização de sua
produção. No entanto, para que ela seja completa, recomenda-se que ela contenha:

1 – CABEÇALHO: referindo o nome da empresa (logomarca), a data, a coleção, o nome
da peça (tipo de produto), sua referência, uma breve descrição (ex. saia balonê), designer
responsável, código do molde e modelista responsável.
2 – DESENHO TÉCNICO: de frente, de costas e,se necessário, de lateral.
3 – DADOS DOS MATERIAS UTILIZADOS:

Matéria-prima:
a) Principais tecidos: fabricante, fornecedor, largura, quantidade consumida, preço em
metros ou quilos, referência, composição, variantes de cores e encolhimento.
b) Materiais auxiliares: entretelas, forro e outros com suas especificações.
Aviamentos: ex.: botões, zíper, cordões, strass, etc.
Deverão ser especificadas as variantes de cores, referência, tamanho, quantidade
consumida, fornecedores e preço por unidade. Linhas e fios – titulação e consumo.

ETAPAS DA REPRODUÇÃO DA ROUPA

AMPLIAÇÃO – Os diferentes tamanhos/manequins são desenvolvidos a partir do molde
inicial, obedecendo a uma escala padrão.
RISCO – Os diferentes tamanhos são encaixados e riscados no enfesto, buscando o
melhor aproveitamento do tecido.
CORTE – O tecido é organizado no enfesto garantindo o corte em grande quantidades.
MONTAGEM – Mesmo procedimento da fase de pilotagem mas em escala industrial.
ACABAMENTO - Mesmo procedimento da fase de pilotagem mas em escala industrial.
PASSADORIA – As costuras são assentadas e é possível marcar detalhes das dobras,
vincos,pregas e caimento.
CONTROLE DE QUALIDADE – Inspeção feita para garantir que o produto não tenha
nenhum tipo de defeito.

QUAIS OS MOTIVOS DE SE VESTIR?

Segundo estudos antropológicos: Proteção, pudor e enfeite.

 Função Protetiva: o vestuário deve oferecer proteção contra os agentes
atmosféricos como, por exemplo: frio, vento, calor, poeira e a neve, e também em
possíveis riscos em atividade exercida no trabalho e em práticas esportivas.
 Função Estética: ligada ao aspecto da moda, situada na exploração dos elementos
visuais e táteis como: cor, brilho, textura e caimento.
 Função de Identificação: através da maneira que uma pessoa se veste, é possível
identificar a sua profissão, classe social, assim como suas possíveis preferências,
pois o vestuário desempenha uma forte carga simbólica, sendo assim a roupa pode
ser considerada como um meio de comunicação, utilizando a linguagem nãoverbal.


MODELAGEM – Os moldes são desenvolvidos a partir do desenho do estilista
obedecendo à medidas da tabela adotada.

CORTE – O tecido é cortado de acordo com os moldes.
MONTAGEM – As partes cortadas das peças são unidas, passando por operações e
máquinas diferenciadas.
PRIMEIRA PROVA – Prova da roupa montada, isto é, sem acabamento.
ACABAMENTO – As operações de finalização da roupa são executadas: limpeza,
colocação de botão, caseamento, etc.
SEGUNDA PROVA – Prova definitiva que depois de aprovada será a matriz da peça
piloto.
PILOTO – Nome dado à peça de roupa que servirá de base para reprodução; modelo,
protótipo.
FICHA TÉCNICA – Desenho e análise técnica da roupa.